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Desta vez, Enrico foi o herói!
São Paulo, 03 de agosto de 2012

O piloto Enrico Manso, da equipe Boxnet, foi o vencedor do EcoGP, sexta etapa do Campeonato Speed Monsters de Kart e segunda prova Endurance da temporada 2012. Na manhã daquele domingo, 3 de junho, tudo estava contra o piloto da Boxnet: ele iria correr no mais difícil circuito da temporada, numa pista travada e debaixo de forte sol. Teria que correr todas as duas horas de prova, pois aquela corrida, que deveria ser disputada em equipe, só teve Enrico Manso como representante da Boxnet. Para completar, Le largaria na última posição. Apesar disso tudo, duas horas depois, Enrico Manso subia no ponto mais alto do pódio para comemorar a sua vitória.

Mas qual o segredo para vencer tantas adversidades? “Era tanta coisa negativa que minha estratégia foi disputar a prova sem pressão, correr por diversão”, conta o piloto. De acordo com ele, já no início da corrida percebeu que o kart tinha bom rendimento, apesar de pouca aderência. Com cautela, foi realizando ultrapassagens e, com 30 minutos de prova, estava na segunda posição. Para ele, a primeira parada obrigatória para a troca de pilotos aconteceu aos 48 minutos de corrida, e aí veio, segundo ele, a primeira dificuldade: estava com as pernas doloridas e os joelhos atrofiados, sentia dores ao sair do kart e ir para o outro que me esperava. O Fabiano Manzi (líder da equipe FManzi) e o Jorge Alves (piloto da Megatron) me ajudaram com incentivos e até com uma hidratação para que eu continuasse firme e aguentasse o restante da prova debaixo daquele sol forte e a temperatura da pista muito alta”, relembra Enrico.

No final, quase a exaustão

O piloto da Boxnet conseguiu retornar na 2° posição e logo antes da primeira hora ser completada estava em primeiro. Com 1h46 de prova aconteceu a segunda parada obrigatória, ali Enrico já estava perto da exaustão. “Ao sair do kart, lembrei do Senna cheio de dores ao levantar o troféu quando venceu em Interlagos. Eu estava com dores fortes nas costas e pescoço. Me concentrei e voltei para a pista, e daí vi a placa de uma das equipes apontando mais de 270 voltas! Tomei um susto com o número de voltas a que chegamos e pensei estar participando de uma prova de Iron Man”, ironiza o piloto.

Segundo Enrico Manso, seu segredo foi fazer uma corrida de regularidade e depois de assumir a ponta, preservar o equipamento para evitar quebras. “Fiquei muito feliz, tirei um peso das costas. Eu queria marcar o nosso circuito e fazer historia no nosso campeonato que começou ali mesmo anos atrás”, comemorou o vencedor do EcoGP que completou o pódio com as seguintes equipes: 2º lugar, Megatron, com os pilotos Felipe Lopes, Armen Loussinian e Jorge Alves; 3º lugar Preto Fosco, com os pilotos Alê Mora, Rodrigo Silva e Fabio Valente; 4º lugar, FManzi, com os pilotos Marcio Alcantara e Agnaldo Oliveira; e 5º lugar, equipe TAZ, com os pilotos Julio Moré, JJ Moré e Luís Rocha.

Pit Stop divide opiniões

Berço dos Speed Monster, o kartódromo Pit Stop Kart é considerado um dos mais duros desafios do Campeonato por tratar-se de circuito fechado com karts de baixa potência (6,5 HPs) o que dificulta ao extremo a forma de pilotar, exigindo muita habilidade e sensibilidade do piloto, pois o segredo não está na velocidade, mas na constância, na regularidade. Exatamente por isso, a realização de provas naquele circuito é sempre cercada de polêmica e divide opiniões.

Para Alê Mora, líder da equipe Preto Fosco, apesar da conquista do terceiro lugar na prova, o circuito está abaixo do nível os pilotos: “Apesar do Pit Stop ser considerado um circuito extremamente técnico, o desempenho do kart faz muita diferença, sobretudo neste tipo de prova de longa duração. Nós terminamos na terceira posição, mas, mesmo com esse bom resultado, acho que esse circuito é incompatível com as características de nosso campeonato. Praticamente não tivemos emoção, só cansaço. Se analisarmos os kartódromos tradicionais que estamos acostumados a correr e, ainda, os novos, como os de Registro, Paulínia e Guaratinguetá, o Pit Stop fica muito a desejar”, sentencia o piloto. Para Armen Loussinian, piloto e líder da equipe Megatron, o kartódromo tem características especiais: “O Pit Stop é um circuito que exige esforço físico descomunal, concentração máxima e não permite erros. Conheço os vários traçados de lá, mas não considero isso nenhuma vantagem. Em qualquer configuração ele é bem curto, de fácil memorização e nossos pilotos são capazes de ir ao encontro do traçado ideal em pouquíssimas voltas”, defende o piloto.

Já o piloto e líder da equipe TAZ, Julio Moré, o circuito tem prós e contras. “No Pit Stop não adianta ser veloz se não tiver equilíbrio emocional para esperar a oportunidade certa para uma ultrapassagem ou para se defender dela; se não for observador para perceber onde o adversário à sua frente está errando, e deixando uma oportunidade de ultrapassagem; se não tiver a sensibilidade necessária para não ‘matar’ o motor do kart numa curva mal feita, ou se não tiver preparo físico para suportar o calor e o esforço de condução numa pista travada. Ao meu ver, esse pequeno kartódromo nos leva ao limite do nosso nível, que, para mim, certamente não se resume somente em pisar fundo", poderá o piloto sem deixar, no entanto, de fazer duas considerações: “acredito que ali, a diferença de equipamento faz muito mais diferença que em outros kartódromos, e que, realmente, esta pista travada gera muito atrito entre pilotos”, conclui.

Apesar das diferentes opiniões o circuito deverá ser mantido no Campeonato de 2013. Procurados por este SpeedNews, os organizadores dizem não haver motivo para mudanças. “Nenhum circuito é unanimidade entre os pilotos”, afirma Marco Rossi, piloto da Scuderia Lolla que, ao lado de Talles Gusmão responde pela organização do Campeonato. Extra oficialmente, porém, sinalizaram com a possibilidade de mudanças quando o assunto é Pit Stop, mas numa direção diferente das opiniões daqueles que não gostam do circuito: a realização de uma prova de qualifying diferente daquelas que foram realizadas nos últimos anos e a realização de um Endurance mais longo, talvez no período noturno.